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#3 Tapí


Alimentando almas com raízes brasileiras. Esse é o lema da Mari e do Diogo, que desde 2014 fazem com muito carinho, as melhores tapiocas do Rio de Janeiro.

aviator tapi

Máquina sai, mão fica! Tapiocas artesanais que renderam um bom negócio



“Alimentar almas com raízes brasileiras”. É assim que a Tapí Tapioca, o negócio de tapiocas artesanais liderado pela Marianna Ferolla e Diogo Zaverucha, conta sua história. A casa de lanches genuinamente brasileiros tem como diferencial a goma de tapioca produzida por eles, valorizando todo o processo artesanal. Um dos principais ingredientes da Tapí é a criatividade combinada com paixão e raízes. Não é à toa que cada receita conta com ingredientes tradicionais em determinadas regiões do país e, não por coincidência, os nomes dos sabores são inspirados em pratos típicos, como a Tapí Baião, que traz um gostinho do Ceará no recheio, a Cartola e a Mineirinha, que une os sabores do queijo minas padrão com banana, açúcar e canela.


Essa mistura entre as diversas regiões do Brasil adicionou o sabor divertido, jovial e nacional, características que marcam o trabalho da Mari e do Diogo na Tapí. Ao entrar em uma das lojas, você pode notar que até a trilha sonora é pura brasilidade com ótimas playlists. Além dos 20 recheios originais e surpreendentes da lanchonete, outro destaque por lá é o açaí original do Pará. Ele é adoçado sem xarope ou conservantes, e por isso possui um gosto inconfundível. Não deixe de provar!

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Do sonho de verão na Bahia ao surgimento de um novo negócio



Em que momento da vida, você esperaria ter uma boa ideia para abrir o próprio negócio? Para Mari e Diogo, essa luz acesa, digamos, veio em dias de descanso durante as férias em Boipeba, na Bahia, em 2014. “A gente estava relaxando na praia, curtindo o momento de casal e fomos comer uma tapioca na barraquinha. O vendedor fazia uma tapioca tão especial que pensamos: não tem igual no Rio de Janeiro, vamos levar!”, relembrou Diogo.


Voltando para o Rio, o casal começou a desenhar o projeto no papel e mostrar a ideia para pessoas próximas, amigos e a família. “No início a gente fica muito empolgado para pôr a ideia pra fora, vontade de botar a mão na massa e fazer acontecer. Foi aí que tivemos a ideia de começar com um evento para a testar a ideia, então alugamos um food truck, mercado que estava bombando em 2014. A gente foi desenhando o que precisava para tirar a ideia do papel e começar a vender.", conta Diogo.

empresário com embalagens de tapiocas da tapí




Amigos, família e principalmente curadores de eventos foram os grande incentivadores



Marianna vem de uma família de empreendedores, então se sentiu confortável em abrir o primeiro negócio porque já conhecia esse terreno do empreendedorismo: “Foi um caminho natural, eu já sabia como fazer acontecer”, conta. Segundo o casal de empreendedores, os primeiros a acreditarem no sonho foram os amigos e a família. “Eles provaram muitas tapiocas até chegarmos nas receitas finais. Foram muitas sessões de teste e prova até chegar no esperado”, diz Diogo. Com as receitas aprovadas pelos amigos, eles decidiram participar do primeiro evento para testar o produto na prática.


Além dos amigos e familiares, Diogo conta que os curadores de eventos foram muito importantes no início da Tapí. “Para entrar nos eventos era preciso passar por uma curadoria. Eles provaram nossas receitas doidas e adoraram”, diz ele.




"O sentimento era de medo e vontade de dar certo. Os nossos passos foram mostrando que o caminho estava certo e, no primeiro evento, (a Tapí) já bombou”, conta o empresário sobre os primeiros meses da marca.

empresario olhando para o notebook




O declínio do mercado de food trucks e a pandemia foram os momentos mais difíceis da Tapí




O mercado de food trucks, que estava em ascensão em 2014, começou a cair depois das Olimpíadas de 2016, trazendo dificuldades para empresas que apostaram nesse formato. Esse foi o primeiro grande desafio da Tapí e o casal precisou se reinventar. “Os eventos já não bombavam como antes e nós tínhamos nos estruturado (como food truck) com grande investimento sem ter uma receita que justificasse tantos investimentos. Tivemos que cortar nossos salários a princípio”, relembra Marianna. Outro momento árduo, segundo casal, foi a pandemia do Covid-19:




"Estamos vivendo em uma pandemia que já dura mais de um ano. Para quem trabalha com alimentação e depende dessas vendas, foi necessário se reinventar”, comenta Diogo.




A dupla precisou trabalhar duro para engrenar com novos formatos, mas contam que nunca pensaram em desistir: “Sempre tivemos boas vendas, então isso nos motivava a nos reinventarmos: seja com modelo de negócios, seja com produtos novos”, diz o empresário.


Para o casal, a força para não desistir vem da satisfação dos clientes como resultado de um bom trabalho: “Quando o cliente prova a tapioca ou açaí e fala “hmmm”, demonstra satisfação. Mas também vem muito do nosso time, que vem sempre com garra trabalhar, com vontade de realizar esse sonho com a gente, então, o esforço é dobrado, principalmente nesse momento”, compartilha Diogo. Já para Marianna, a motivação vem de um lugar de confiar no propósito da marca: “A gente acredita muito no que faz. Essa vontade de falar da nossa cultura, levantar a bandeira da cultura brasileira e valorizar nossas raízes. É muito importante ter uma lanchonete genuinamente brasileira”, acrescenta.

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A abertura da primeira loja de rua, no Leblon, foi o momento mais importante dos empresários



O primeiro momento importante para a marca foi o food truck lançado em 2014, participando de eventos pela cidade carioca. Um ano depois, o projeto cresceu e eles abriram dois pontos no Aeroporto Galeão. Mas, foi em 2017, inaugurando a primeira loja de rua, no coração do Leblon, na Ataulfo de Paiva, que o casal percebeu que a Tapí Tapioca estava voando. "Já tínhamos (pontos) dentro do Galeão, mas eram restritos a quem ia viajar. Com a loja, passamos a ficar mais expostos, botando a cara a tapa. Foi uma grande validação do nosso negócio conquistar essa loja”, conta Diogo.


Para Marianna, diversos momentos da trajetória da Tapí passaram o sentimento de “estar voando”. “Sempre que a gente recebe um pedido de franquia, por exemplo, sempre que a gente tem esse retorno de quem viveu a experiência e quer reproduzir isso, são momentos que mantêm a gente voando”, conta.




“Quando vem um cliente nordestino, que comeu tapioca a vida inteira e chega aqui no Sudeste, no coração do Leblon, morde e diz que ‘me transportou pra minha casa’, isso deixa a gente arrepiado, não temos nem palavras”, vibra Diogo.

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Dicas dos empreendedores para quem está pensando em seguir essa estrada


Para quem está pensando em empreender, a sugestão da empresária é ter uma ideia e começar a executar independente dos recursos que você tem. “É preciso ter energia, disposição e vontade de fazer acontecer, pois as coisas começam a acontecer se você coloca energia e paixão naquilo que você faz, porque a coisa vai ficando mais bonita naturalmente”, diz ela.


Para Diogo, é preciso pensar menos e executar mais: “Quanto mais rápido você tirar do papel, mais rápido você vai empreender essa ideia e vai testar se esse é o caminho ou não. Quanto mais tempo de papel, menos tempo você está interagindo com quem mais importa: o cliente. Mesmo que o produto ou serviço não esteja perfeito, porque não existe perfeito, é preciso testar, porque talvez tenha gente querendo comprar. Se não tiver, se adapta”, finaliza o empresário.





“Empreender não é só sobre recursos financeiros, é muito mais sobre a energia que você coloca no negócio”, afirma Marianna.